🌷 Homenagem a Elisabete Magalhães 🌷

Hoje lembramos, com carinho e saudade, a vida de Elisabete Magalhães — uma mulher que viveu com o coração aberto, com alegria nos olhos e uma coragem que nos inspira até hoje.

Elisabete era daquelas pessoas raras, que deixavam marca por onde passavam. Tinha uma energia leve, divertida, sempre pronta para uma brincadeira, uma gargalhada ou uma palavra amiga. Era impossível ficar indiferente à sua presença — ela iluminava os espaços, conquistava corações.

Mesmo com uma infância difícil e uma juventude marcada por desafios, saiu de casa ainda jovem e nunca desistiu de si. Pelo contrário, transformou a dor em força e construiu uma vida com dignidade, coragem e muito amor.

Casada com Fernando Magalhães, foi uma companheira dedicada e uma mãe incansável. Lutou todos os dias pelos seus dois filhos — eles eram a sua maior prioridade, o seu maior orgulho. Capaz de tirar da sua boca para dar aos outros, ela era generosa ao ponto de se esquecer de si para cuidar dos que amava.

Era também uma mulher de espírito livre. Aventureira de natureza, não pensava duas vezes antes de fazer as malas e partir à descoberta do mundo. Cada viagem era uma nova história, cada lugar, uma nova aprendizagem. Era assim: vivia intensamente, com sede de vida.

E talvez uma das suas maiores dádivas fosse o amor que espalhava à sua volta. Onde ela estava, havia risos, havia vida. Estava sempre rodeada de crianças — elas amavam-na. Procuravam-na não só para brincar, mas para conversar, rir, sentir-se seguras e acolhidas. Ela tinha esse dom raro de ser abrigo, de ser alegria.

Aos 44 anos, surgiu o maior desafio: o cancro. Mas mesmo diante da doença, nunca perdeu a esperança, nem a vontade de viver. Lutou com todas as forças, com a garra que sempre a definiu. E mesmo quando o corpo fraquejou, a alma seguiu forte, digna e serena.

Depois de um ano e meio de luta, partiu. Mas não partiu derrotada — partiu como uma verdadeira vencedora. Deixou um legado de amor, de coragem, de humanidade.

Hoje, o mundo parece um pouco mais silencioso sem ela. Mas a verdade é que Elisabete continua viva em cada sorriso que ela despertou, em cada criança que a procurava, em cada lembrança feliz que deixou nos corações de quem teve o privilégio de a conhecer.

Obrigada, Elisabete. Pela tua luz. Pelo teu amor. Pela tua vida.